"O GEO veio para substituir o SEO? Veja como está o comportamento de busca dos usuários e o conceito de “orquestração inteligente”
Ao pesquisar sobre marketing, você com certeza já ouviu falar sobre SEO (Search Engine Optimization). O SEO é responsável por posicionar sites no topo de resultado de pesquisas em buscadores como o Google, revolucionou a comunicação digital e foi responsável para gerar muitos leads para empresas. No entanto, muito provavelmente, você também já deve ter escutado sobre como esta técnica vai ficar obsoleta, dando lugar ao GEO (Generative Engine Optimization.
GEO otimiza marcas e conteúdo para IAs generativas como ChatGPT. Em uma era em que o domínio absoluto do Google no campo de buscas online parece ameaçado, visto que a popularidade das IAs como ferramentas de pesquisas vêm crescendo, o GEO é visto como o substituto do SEO. Mas chegamos mesmo a esse ponto?
Segundo o portal Hardware.com.br, o ChatGPT possui, atualmente, um sexto do volume de buscas do Google. Ou seja, por mais que precisemos ficar atentos às novidades, o Google (e o SEO) seguem com grande relevância. Portanto, veja neste artigo como as duas táticas coexistem e beneficiam sua marca:
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O que é GEO e o que é SEO?
Tanto o GEO quanto o SEO baseiam-se na criação e adaptação de conteúdos e textos para que eles ranqueie e sejam vistos em mecanismos de pesquisa. A principal diferença seria o tipo de “plataforma” na qual cada um deve aparecer: enquanto os conteúdos de GEO visam ser encontrados por buscadores baseados em IA, como ChatGPT e Microsoft Copilot.
Por outro lado, o SEO visa ranquear em sites de busca, como o Google (principalmente), o Bing e o Yahoo. Para otimizar textos SEO, é preciso conhecer e aplicar critérios específicos que são bem avaliados pelos algorítmos. Sites que o algoritmo julgar mais relevantes terão destaque no topo da página, o que os leva a um tráfego maior, com maior volume de leads e conversões. Logo, o intuito de ambos é parecido, mas com plataformas e critérios de ranqueamento diferentes.
O que está acontecendo no mercado de buscas?
Por anos, a dominância do Google entre os buscadores de pesquisa foi incontestável. O site manteve seu “core” de priorizar pela experiência do usuário e fornecer acesso a fontes e textos informativos – assim surge a lógica do SEO. O “modus operandi” para um bom ranqueamento costuma envolver backlinks, legibilidade e o uso estratégico de palavras-chave. Por mais que buscadores tenham passado por alterações visando evoluir com o tempo, até então mudanças radicais não tinham acontecido.
Agora, com o ChatGPT e outras IAs sendo usadas como mecanismos de pesquisa, o setor está enfrentando práticas inéditas, mas isso não significa o fim do SEO. Na verdade, as mudanças representam mais oportunidades de ranquear empresas no ambiente digital.
Ou seja, não estamos falando de substituição de mecanismos, mas sim da coexistência de diferentes tipos de busca.
Search Orchestration e o conceito de guarda-chuva de otimização
Com o surgimento do GEO e evolução do SEO, temos o Search Orchestration, que funciona como o conceito de um guarda-chuva de otimização. Ao investir em técnicas de Search Orchestration, desenvolvem-se técnicas para ranquear em diferentes plataformas: tanto em buscadores mais “tradicionais”, como o Google, quanto em IAs. Assim, empresas asseguram uma presença multicanal, atingindo com eficiência diversos leads.
Embora ainda sejam fundamentais, os critérios tradicionais de ranqueamento não são suficientes para avaliar a eficácia em um ambiente fragmentado. Ou seja, o SEO segue extremamente relevante para, mas por atingir especificamente um tipo de buscador, a ideia de orquestração de busca para incluir todos os locais onde clientes e marcas podem interagir tornou-se a mais ideal.
O cenário indica a coexistência do SEO e do GEO como estratégias complementares no cenário digital, em vez de substitutas. O SEO otimiza conteúdos para buscadores tradicionais, enquanto o GEO adapta-se a IAs generativas, refletindo a diversificação das ferramentas de pesquisa. Mesmo com o crescimento de IAs, o Google mantém relevância. É o momento de seguir “com o time que está ganhando”, mas também de observar tendências crescentes e se preparar desde já. No fim, ambas as abordagens são essenciais para uma presença digital abrangente.
Desta forma, o conceito de “Search Orchestration” surge como um “guarda-chuva de otimização”. A integração do SEO, GEO e outras táticas para garantir visibilidade em múltiplas plataformas reconhece a fragmentação do mercado e a necessidade de adaptação a diferentes algoritmos e comportamentos do usuário. Com isso, empresas podem equilibrar técnicas tradicionais (backlinks, palavras-chave) com inovações (autoridade de marca, dados multiplataforma) para maximizar alcance e conversões.
A evolução do digital não anula o SEO, mas exige sua harmonização com o GEO, reforçando que o futuro está na orquestração inteligente de múltiplos canais para atender às demandas do público.
